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Monica no país da quinta idade!! Ééééé…

A beleza de se conviver com quinta idade é não precisar se preocupar com um papo cabeça. Esqueça essa história de sacadas políticas, decorar o nome dos autores da literatura e depois combinar com suas obras; saber quem é Marina Abramovic ou Nicolai Gógol! A maravilha de conviver com a quinta idade pertencente à classe média falida, é poder ser burra com orgulho!! Ufa! Mas aí a situação aperta! Se não posso e, não preciso, levar um papo cabeça, vou falar do quê? Novela, reality, fofoca, comentários idiotas e generalizantes sobre política ou alguma colocação preconceituosa sobre a empregada folgada e nordestina… Daí vem a crise, não sei conversar sobre essas coisas!! Sou sincera em dizer que tento. Sempre colo o sorriso amarelo no rosto e meneio a cabeça fazendo sim. Se incluir um “absurdo” ou “esse mundo tá perdido” no meio, ainda rola uns 10 minutos de “papo”, mas aí a quinta idade se anima e quer mais! Mas isso não é o pior! Claro que sempre pode piorar. Sempre chega a hora do “você que é jovem e enxerga bem…”, “você é tão bonita, não tem namorado? Homem não presta mesmo, hoje em dia as mulheres não se dão ao respeito, dormem com qualquer um!!”. Aí eu penso: toco o foda-se e enfio a cabeça da veia na parede gritando “dou mesmo para quem eu quiser, velha recalcada!!”; finjo que o celular tocou e corro o risco de ouvir sermão de como os jovens não desgrudam dessa máquina e que na minha época… ou reúno toda minha vivência, sorrio, meneio a cabeça e solto um “é” bem longo? Como viver só se aprende vivendo, nada melhor que engolir o orgulho e se transportar para outro mundo enquanto a boca automaticamente diz “ééééé”. Às vezes lembro do boy da noite anterior, às vezes faço uma nota mental “marcar manicure”, mas, na maior parte do tempo, penso “que porra tô fazendo aqui!!”. Mas é aquela história, se não pode vencê-los, diga “éééé” com um sorriso na boca, meneando a cabeça! Ééééééé!! 😁

Enquete: que porra você disse aí; olha o estatuto da terceira idade, isso dá cadeia menina; você viu a novela ontem, o imperador é tão lindo!

 

 

Simone não, é Monica – e sem acento!

Quem lembra da época do saudoso Orkut. Pois é, entre as muitas comunidades dessa extinta rede social existia uma chamada “Simone não, é Monica!!”, mas, claro que nessa, tinha acento. Nunca entendi a relação dos dois nomes, mas como já fizeram essa confusão várias vezes, deve existir alguma explicação fenomenológica para isso! Meu nome é tão lindo, Monica Dinah, e, aparentemente, simples. Que nada!! Um acento a menos e um agá a mais causam uma confusão dos diabos. E lá vou eu explicar toda vez que não se trata de numerologia, nem de mandinga, é assim mesmo, registrado em cartório e tudo. Quem manda ser de família gringa! A primeira parte do nome é uma homenagem a Monica Vitti, musa do neo-realismo italiano (ah dá um Google aí, não vou explicar) e o segundo, uma mistura de homenagem a minha nonna com toque hebreu. O que eu posso fazer se ao misturar o latino com o hebraico saiu esse nome complicado em sua mais pura simplicidade. Mais do que um nome, parece uma profecia. Paciência não é um dom que eu possa elencar como uma das minhas qualidades, logo, meu saco enche muito rápido ao ter que explicar tudo isso sempre, ou ficar indicando onde vai esse maldito agá. E, antes de chegar ao dez, já mandei a pessoa enfiar o acento e o agá onde ela achar melhor, claro, nem sempre delicada assim. E aí que entra a profecia: tanto na definição latina (Monica) como na hebraica (Dinah), ambos os nomes querem dizer “pessoa sozinha”! Sacou o drama. Depois de mandar a pessoa enfiar o agá onde o sol não bate, difícil nutrir muita popularidade!! Valeu família!!! 😤😤😤😤

Enquete: para de frescura e arruma essa porra de nome; ninguém liga; enfia você o agá onde o sol não bate, babaca!!!

A velhinha caiu, eu dô risada mesmo! 

Sou uma pessoa legal, ecologicamente correta, faço yoga, ajudo cego a atravessar a rua, devolvo troco a mais, ouço a conversa sem noção das velhinhas e velhinhos porque sei que eles falam do coração, mas, devo admitir, não consigo me segurar se vejo alguém cair. Morro de rir, choro de rir, quanto mais desengonçada a queda, quanto mais inofensiva a pessoa for, mais risada eu dou. Velhinhos, velhinhas, pessoas gordas, mancos, parente então … a risada vem do fundo da alma mesmo sabendo que não pode, que não é bacana. Tudo tem seu lado bom. Como estou sempre observando a vida alheia, quando alguém se estabaca no chão, provavelmente estarei por perto e, como já expliquei, sou uma pessoa boa e me jogo em seguida para socorrer o estabacado, ainda mais se for da terceira idade, chego no chão antes da pessoa. “A senhora está bem, precisa de alguma coisa?”. Tá viva e forte, boa sorte na vida. Mal a velhinha recolhe os cacos eu estouro em risada; primeiro interna, depois um leve sorriso no rosto e aos poucos um som vai saindo da minha boca até que encontre um interlocutor que não consegue entender nada do que digo de tanta risada. Reação parecida de quando tento contar uma piada que acho engraçada. Enfim, EU acho engraçado! Segura minha tia!! 😂😂😂🙋👀

Enquete: Devo me tratar, arrumo algo pra fazer na vida ou dou risada mesmo e desencano de ajudar o estabacado?